sexta-feira, 30 de abril de 2010
Corrente - Mariana Machado
Tentei partir, vi que estava presa a ti.
Por que o amor tem que ser tão contraditório? Ora me levas ao paraíso, ora ao inferno
O que me prende a você não é medo, mas sim a rendição que só um coração apaixonado faz.
Por mais presa que esteja e mais apaixonada do que demonstro, não te tenho, não te consumo, não te beijo.
Posso te amar por século e por séculos não ser correspondida.
Dizem que a beleza do amor é a relação contraditória entre duas almas errantes, mas sei que a beleza do amor é que além de contraditório ele é imprevisível. E por isso não sabemos se ainda nos amaremos amanhã
Por mais que ao seu lado esteja, e por mais que o posto que tenho, satisfaça-me como posso, canso-me, canso-me por serviços prestados, amigos renegados, crenças apagadas, morais lastimada e mortes desejadas. Canso-me por que não me queres e sobrevivo pela mesma causa.
Prefiro não ser correspondida por séculos e tê-lo verdadeiramente do que dar-me a ti e somente te perder.
O amor em si é feito de poesias, já o ódio de medo. Falaram-me uma fez que nem ódio e nem amor eram feitos de razão: O amor por ser contraditório e o ódio por conter raiva.
Descobri que o ódio também era contraditório, um pólo totalmente diferente do amor e tão parecido com o mesmo.
Aterroriza saber que nada sei e que a qualquer momento a pouca forma que te tenho pode se acabar. A cada dia a corrente enfraquece, mas meu amor por você só cresce.
Um dia a corrente se quebrará e pelo amor ser tão complexo não saberei se ainda te amo, não saberei se ainda estou presa ou se a ti, eu própia me amarrei quando te entreguei meu coração.
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