Logo eu estaria ao lado dele. Esperaria em sua porta, esperaria pacientemente ele chegar cansado do trabalho. Eu o veria de longe, meu coração começaria a bater mais forte. Ele me veria de longe também e mesmo cansado correria um pouco. Eu daria alguns poucos passos à frente e então seria o suficiente.
Pararíamos frente a frente, e por uma fração de segundos, que pareceria uma eternidade, olharíamos olhos nos olhos, e então lentamente nos fundiríamos num abraço apertado, coração batendo junto. E seria um afago sem fim. Seria silencio de cumplicidade e surpresa, exclamação avulsa de felicidade.
E então iríamos pra dentro e haveria choro e haveria riso. E se faria história, e o sorriso na boca, e as mãos dadas, os olhos brilhando, a respiração alterada, o beijo fraterno, a confirmação solidária e a noite tão vasta quanto essa festa.
E tantos sentimentos, tantos atos, tanto amor, tudo isso pelo simples fato de que o encontro finalmente se deu.
E seria tamanha a felicidade que nos dois nos esqueceríamos do mundo e ficaríamos juntinhos em um mundo só nosso. E quando o novo dia nascesse e o fim chegasse, eu teria de ir e ele ficar. E eu sorriria com lágrimas nos olhos: Ele não saberia se despedir. Eu não ia querer ir.
E sem me despedir eu parti, pois acordei antes do sonho acabar.
E sem me despedir eu parti, pois acordei antes do sonho acabar.
ResponderExcluirCamargo