sexta-feira, 30 de abril de 2010

Distancia - Mariana Machado


Como ele poderia ficar tão distante de mim, em apenas alguns segundos?
Ele sempre virava as costas para mim. E nunca percebia como me fazia chorar, mesmo que de vez em quando as lágrimas não rolassem.
Seria essa a minha vida? O meu cotidiano perpetuo?
Conseguiria suportar a distancia, ainda mais quando não era minha culpa?
Quando ele voltava, tudo se redimia, a dor valia a pena. E eu vivia, por poucos dias, radiante.
Essa era a minha vida, aguentar a dor calada e esperar os bons momentos, para quem sabe dividi-los com ele.
E provavelmente seria sempre assim.
Até que um dia a dor não passaria e ele desestiria de voltar.

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