- Eu vivo e quero viver muito mais. Eu erro e quero aprender com meus erros. Eu amo e quero fazer dos meus amores, amores perfeitos.
- Você é ingênua demais. Você idealiza demais, amor. Por que a gente vive de menos. Erra demais. E ama mal.
- Se for assim mesmo então do que adianta?
- Adianta se adaptar as limitações. Viver o máximo possivel. Errar o máximo possivel. Pois quem erra arrisca e quem arrisca vive. E amar com a maior intensidade que nos for permitida. Mesmo que não seja retribuido, mesmo que a pessoa nos faça sofrer.
- Então é se prender ao amor e a dor?
- É amar sem esperar nada em troca, amor. É sofrer por amor. Ser rejeitada, deixada, negada, enganada. Mas é levantar depois da queda. É se amar. É conhecer alguém que te ame.
- Então tudo é mesmo questão de se adaptar. Aprender a viver os máximos, nada esperar de ninguém, sofrer por quem hei de amar e fazer sofrer quem me ama.
- É basicamente isso, amor.
- Então eu idealizo demais. Mas não me agrada mais a idealização, pois cedo ou tarde, eu sempre acordo dela e machucada. Mas também não me agrada a realidade. Eu sempre estou machucada, na realidade.
- Então, amor, talvez esteja na hora de você encontrar, seu "mundinho particular", um em que você nunca esteja machucada. E em um que você nunca machuque quem te ama.
- É. Ou talvez então esteja simplesmente na hora de parar de tentar amar...
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