
Não deixaste deveres por cumprir:
os encargos de amor vieram primeiro;
brincaste com o mar como um delfim
e nasceste cidadão da primavera.
Quanto passado para não morrer!
E a cada vez a vida que te espera!
Por ti Gabriela conseguiu sorrir
(Me disse minha companheira morta).
Não me esqueço que nesta travessia
trazias a alegria pela mão
como um irmão vindo de muito longe.
Do passado aprendeste a ser futuro:
e sou mais jovem por que num dia puro
eu vi Orfeu nascer da tua mão.
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