Eu conseguira ser exclusa da minha própria exclusão.
Ela me havia dito que provavelmente eu era solitária demais, vazia demais. E que a forma com que procurava companhia e preenchimento era revoltante. Do que adiantaria ter uma companhia, um preenchimento, sem poder vê-lo, tocá-lo?
Do que adiantaria desfrutar dessa cumplicidade fria que essa máquina me trazia, se não podia estar perto, nem junto?
O problema é que ela não sabia que a minha solidão por mais que me doesse, me completava. Me fazia mais forte. E ela também não sabia que de nada adiantava estar junto, estar perto e não estar unido, conectado.
Sim, eu era solitária. E talvez sempre fosse. Talvez sempre fosse o resto do que se resta. O pouco do que já foi muito.
Mas uma certeza eu tinha: estivesse ele longe ou perto, ele estaria sempre comigo. Estaríamos sempre unidos.
Isso ele nunca compreenderia, por que por mais perto que ela estivesse dos amigos dela, a conexão que eu tinha com ele estando longe; o amor; a pureza; a verdade, isso ela nunca conseguiria.
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