domingo, 14 de agosto de 2011
Festa - Mariana Machado
O cigarro fazia sua garganta arder. Ou seria a bebida? O ambiente em que se encontrava era escuro e repleto de fumaça. O som estava no volume máximo. Estava isolada de todos, mas ao menos conseguira estar ali.
As vezes alguns homens errantes apareciam e ela ia, - já havia desistido do celibato amargurante que iniciara - mas só satisfazia seu corpo e os abandonava. Não se apegaria a mais ninguém. Tão pouco se envolveria.
Continuava catatônica, em sua festa, em seu eterno devaneio, enquanto afundava cada vez mais, por saber que ele não iria retornar.
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