O quarto se encontrava insuportavelmente frio e tinha todas as luzes apagadas. Somente a luz fraca do computador, ainda aberto, iluminava minimamente o recinto.
Raphael estava deitado, enrolado em uma coberta, agarrando-se ao pano como quem depende daquilo para viver. A dor não passava. Sequer começara a estancar. Sentia-se traído, usado e sem valor algum.
Tinha sido escolhido para dar um rumo ao caos deixado por Fernando, mas sequer encontrara seu próprio rumo. E ao desistir de Laís, o perdera de vez.
Agora teria de viver o mesmo pesadelo infeliz que ela vivia: Ela, por Fernando. Ele, por ela.
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