quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estrada - Mariana Machado


Mais um final inesperado, para essa grande merda de vida inesperada – e que me perdoem os caretas, mas a licença poética me permite escrever um grande merda aqui – em que os contornos se tornam incertos e acabam em um caminho totalmente oposto ao inicial.
Algo tão inesperado que é sedativo. Quase que inacreditável ou onírico. Fazendo com que – pode ser só maluquice minha – seja mais fácil aceitar.
Nada é eterno, e todos nós temos essa consciência, mesmo que superficial. Mas certos finais são incoerentes - e por mais que sejam, geralmente, silenciosos, são também os mais dolorosos – e inesperados.
Cortam fundo e perpetuamente. Deixam cicatrizes grandes e horrendas. Levam a falta de confiança ou incredulidade na lealdade.
E assim – motivadas e quase que obrigadas a conviver com esses absurdos – que as pessoas se trancam em masmorras próprias e inalcançáveis, dentro de si mesmas, para nunca mais sair.

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