"Rio de Janeiro Hoje é 23 do 3
Como vão as coisas, de mês em mês
Eu me sento pra escrever pra você
Eu reformei a casa, você não soube disso
Nem das outras coisas, sabe eu tive um filho
Faz tempo que eu me perdi de você
Guardo pra te dar as cartas que eu não mando
Conto por contar, eu deixo em algum canto
Conto por contar, eu deixo em algum canto
Eu vi alguns amigos tropeçando pela vida
Andei por tantas ruas, são estórias esquecidas
Que um dia eu quis contar pra você
Eu fico imaginando sua casa e seus amigos
Com quem você se deita, quem te dá abrigo
Eu me lembro que eu já contei com você
E as pilhas de envelopes já não cabem nos armários
Vão tomando meu espaço, fazem montes pela sala
E hoje são a minha cama, minha mesa, meus lençóis
E eu me visto de saudades do que já não somos nós"
Andei por tantas ruas, são estórias esquecidas
Que um dia eu quis contar pra você
Eu fico imaginando sua casa e seus amigos
Com quem você se deita, quem te dá abrigo
Eu me lembro que eu já contei com você
E as pilhas de envelopes já não cabem nos armários
Vão tomando meu espaço, fazem montes pela sala
E hoje são a minha cama, minha mesa, meus lençóis
E eu me visto de saudades do que já não somos nós"
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