A nostalgia tem tomado conta de mim, e esse fato é o produto da saudade exacerbada que tenho de ti. É a falta de sentir você perto de mim, mesmo quando longe.
Fico esperando seu regresso, um sinal, uma pequena mensagem, que não vem – e que no fundo eu realmente já sabia que não viria.
Tenho lhe escrito cartas que jamais enviarei, e nelas conto como você me faz falta, como queria que estivesse aqui comigo. Em algumas me revolto e te ofendo e também lhe pergunto o porquê desse final. Acho que tal como você nunca irá lê-las eu também nunca terei minhas respostas.
Mas já passamos da fase em que eu deveria tentar te convencer a ficar. Você já se foi e ambos já nos magoamos demais com palavras acusadoras e, portanto não há mais o que fazer quanto a tudo isso.
Porém, apesar do fato de que eu simplesmente devo aceitar a sua ida, esquecer-te e seguir em frente, fico estagnada no mesmo local – de onde te vi partir – por que a sua ida me levou muitas coisas. Levou minha alegria, meu coração, meu animo, o homem da minha vida, meu foco e principalmente a minha confiança em você.
E agora, por causa disso, eu vivo em uma constante solidão constrangedora, somente por que deixei que você virasse minha morada. E não consigo conviver com a falta de uma casa, com a falta da pessoa que me fazia sentir que ali era o meu lugar, com a falta de um pedaço de mim que eu já nem sei mais onde está. Mas que sei que se perdeu no exato momento em que você fugiu.
Escuto as músicas – melodias que você me indicou um dia, letras de cantores que eu tanto gosto e que hoje me recordam a você – e não sei se as escuto mais ou se as devo banir da minha vida. Todas elas me lembram você. Todas as músicas, os filmes, os livros e tantas outras coisas pequenas e cotidianas, quase que banais, que entram em minha mente e me fazem me perder nas memórias que tenho de você.
As lágrimas já descem sem o meu controle, já viraram uma parte de mim que já não está mais ao alcance da minha escolha. Por que as sinto rolar por minha face e percebo então que estou chorando, vejo que meu pensamento se encontra em você. E perco toda a minha força, destranco toda a fortaleza emocional aonde me tranquei, recorro a todos os artifícios masoquistas que me recordem a você e me afundo ainda mais num amor falido, que desde o inicio – da sua parte – fora uma farsa.
Já que não quer mais ficar, me permita partir, me ensina a te apagar e a te perder. Qual é o caminho para minha libertação? Para o esquecimento definitivo, para saída, para o final mútuo. Não me mantenha aqui, preza, ao teu bel prazer.
Me deixa ir e quem sabe assim eu consiga esquecer que um dia eu amei você.
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