O que aconteceu, amor?
Já anoiteceu e você ainda não apareceu.
O que nos aconteceu, amor?
Quando me pediu pra ficar sozinho aquela noite, eu já sabia que nunca mais voltaria.
O que devo fazer, amor?
Se minha estrada, tem sua cara; minha memória, suas lembranças; minhas veias, seu sangue e meu coração, sua vida.
O que devo fazer, amor?
Se todas essas lágrimas insistem em descer. Toda essa dor insiste em existir e todo esse amor insiste em morrer.
Como posso esquecê-lo, amor?
Se ainda sinto seu toque em meu braço, se ainda escuto sua voz a me contar histórias, se ainda sinto o cheiro do seu perfume a me embalar a noite, se ainda visualizo seu sorriso a iluminar minha alma.
Como vou viver, amor?
Se já amanheceu e você sumiu. Se a madrugada já não é mais nossa, se nosso amor já não mais existe e se já não posso mais lhe chamar de meu.
O que faço agora, amor?
Se já não existe mais saída. Se o fim é iminente e se a obviedade do meu eterno amor por ti, contrasta eternamente com a sua grande indiferença por mim?
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