Eu sabia que se não me afastasse dele agora, nunca mais conseguiria.
Era uma verdade incontestável e quanto mais tempo se passava, mais difícil ficava.
E ele também não ajudava: Sempre que eu conseguia reunir forças para me livrar de suas garras, ele assumia aquela personalidade que era boa, que me fazia bem, que se importava comigo.
Mas depois, quando eu voltava a me tornar dependente, ele voltava a ser frio, duro e cruel.
Eu me perguntava todos os dias o que seria necessário para me fazer deixá-lo ou só esquecê-lo. E nunca achava a resposta.
Nunca, nada era o suficiente. E isso era a minha perdição.
Um dia, talvez, suas mentiras não tenham mais efeito em mim. Ou ele simplesmente se canse e me deixe ir.
Nesse dia, que eu não sei se virá se vai demorar, ou se vai simplesmente me deixar bem, eu vou sorrir e me permitir ir embora.
E não voltar. Nunca mais.
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