segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dualidade - Mariana Machado



Não era nem muito cedo e nem muito tarde. Podia-se sentir os raios do sol e a iluminação da lua.
Também não era muito quente e nem muito frio. Podia se sentir o mormaço a queimar a pele e o vento frio a cortar a alma.
Também não era muito novo e nem muito velho. Era criança correndo pra vida e um velhinho correndo pra morte.
Não podia ser nem muito santo e nem muito demônio. Era pureza ingênua e um maldade obscura bem escondida.
Não era nem muito esperto e nem muito burro. Era um pseudo-intelecutal-da-nova-geração-de-pseudos-intelectuais e também um rude ser desprovido de intelectualidade que lhe proporcionava a ingenuidade da burrice.
Não era nem muito vivo e nem muito morto. Era nascimento e morte, lado a lado.
Não era nem muito homem e nem muito mulher. Era ombros largos e mão carinhosa.
Não era nem muito doce e nem muito amargo. Era felicidade e dor, em altos e baixos constantes.
Não era nem muito amor e nem muito ódio. Era algo só dele, só dela, só do mundo.
Não eram nem muitas lágrimas e nem muitos sorriso. Eram uma mescla, nem sempre tão esperada, nem sempre tão ideal.

Não era tão fácil e nem tão impossível. Era o dia-a-dia que escolheram.
Não era nem tão eterno e nem tão curto. Era infinito. E por isso sempre seria.

Um comentário:

  1. http://sonhoseumpoucodenostalgia.blogspot.com/2011/01/selo-de-qualidade.html

    te indiquei um selo no meu blog (:

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