Venho escondendo de mim mesma, tenho mantido esse fato trancado em mim, fora de questão para que não seja revelado a ti. Tenho mentido para mim. Para nós. Por você.
Mas a verdade é que eu sinto a tua falta, sinto falta de acordar com uma mensagem amorosa sua, das suas gracinhas ao ficar alcoolizado, das horas de conversa, da nossa mutua salvação do tédio por sms. Das sessões de cinema, das músicas compartilhadas, das madrugadas divididas, dos domingos inteiros juntos. Dos segredos, desabafos, cuidados, mimos, do apoio. Sinto falta dos ‘eu te amo’, da presença, da procura. De alguém que amei e que foi embora. E que tenho medo que não mais regresse.
Hoje eu só falo contigo quando não aguento mais de saudade, fico quietinha, falo pouco, tento não incomodar. Faço-me de feliz, acostumada, sem dores, sem remorsos, sem faltas. Falo com você como se fosse outro...
Mas a verdade é que eu sinto a tua falta. Sinto a falta do que me destes e depois retirastes. Sinto falta daquilo que já fomos nós.
A verdade é unicamente essa – sinto a tua falta – e dela se desdobram tantas outras verdades – todas elas da falta que sinto de tudo aquilo que um dia já permitimos nos proporcionar.
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